terça-feira, 11 de junho de 2013

Veículo – Xampu com Gel de Natrosol

http://sobitie.com.ua/sites/default/files/imagecache/page/images/shampoobottles1.jpgXampu (Shampoo) base desenvolvido para a incorporação de princípios ativos farmacêuticos. Possue tensoativos de caráter aniônico e não-iônico, sendo portando contra-indicado para produtos de caráter catiônico.

Veículo ideal para xampu anti-queda, com Tintura de L.C.D. (Liquor Carbonis Detergens) e com alto teor de extratos e tinturas.


Fórmula
Shampoo para Cabelos Normais com Gel de Natrosol
Ordem Componentes Quantidade Função
Forma Cosmética Xampu
1 Lauril Sulfato de Trietanolamina 30,0 g Tensoativo Aniônico
2 Dietanolamina de Ácidos Graxos de Coco 3,0 g Tensoativo Nâo-Iônico
3 Nipagim 0,15 g Agente Conservante
4 Edta Na2 0,1 g Agente Sequestrante
5 Ácido Cítrico  a 10 % ......... q.s. pH 6,5 a 7,0 Corretor de pH
6 Gel de Natrosol a 2% 35,0 g Agente de Viscosidade
7 Água Destilada ......................q.s.p. .... 100,0 g Veículo
 
Orientações para o preparo (F.S.A.)
1 Em um béquer dispersar o Nipagim e o Edta em q.s. de Água a 70º C (20 mL).
2 Em um cálice pesar o Gel de Natrosol e sobre este adicionar o conteúdo do béquer.
3 Adicionar o Lauril sulfato de trietanolamina pouco a pouco, e após a Dietanolamina.
4 Corrigir o pH e completar o q.s.p. com água destilada.
Notas Veículo para xamús com alta viscosidade - Tipo Gel


Indicações
1 Para shampoos com alto teor de tinturas e extratos, anti-queda e de LCD
2 Produto indicado para lavagem de cabelos e couro cabeludo. Veículo base para incorporação de princípios ativos medicamentosos.

Advertências
1 Manter em ambiente com temperatura e umidade controlada, em embalagem bem fechada.
2 Utilizar em 30 dias.


Referência: do próprio autor - formulações realizadas em aulas práticas.

Recomendamos que todas as formulações sejam amplamente testadas antes de qualquer comercialização.
As formulações são apenas orientativas, necessitando de um profissional qualificado para prepara-las de acordo com as BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO FARMACÊUTICA

Imagens/Fonte: Google
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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Calculo do HLB Requerido pela Emulsão

A divisão de um líquido imiscível em outro na forma de pequenos glóbulos provoca a formação de um sistema disperso, no qual os glóbulos representarão à fase interna, descontínua ou dispersa (“dispersum”). https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3l1SpBame_KRLXn5-z7XSi3wnHb7Op18ewOTBqpoooxOsncLWqoTK1A_SuUxjJb1PRSmC4EcYMnCflBuHRpwOGyQq4MtbxdcM-USf5yjMMerfm9oMF_RFGyzASsaiW8rOfizNunmUKE0/s1600/cosmeticos3.jpgA fase externa, contínua ou dispersante (“dispergens”) será representada pelo líquido que envolve as gotículas. Assim o processo de emulsificação é baseado na extensão de um líquido sobre o outro, ou seja, da extensão da fase externa sobre a fase interna. Podemos então concluir que os produtos emulsionados são dispersões coloidais ou suspensões de um líquido imiscível em outro.

Segundo Prista a emulsão “é um sistema heterogêneo constituído por gotículas de um líquido disseminadas no seio de outro com ele imiscível”. Outro conceito que segundo alguns autores é o mais preciso e descreve coerentemente o que venha ser uma emulsão é o conceito de Becker que considera uma emulsão “um sistema heterogêneo constituído, pelo menos, por um líquido imiscível intimamente disperso num outro líquido sob a forma de gotículas, cujo diâmetro, em geral, excede 0,1 m (10-8 cm).

Tais sistemas apresentam um mínimo de estabilidade, a qual pode ser aumentada pela adição de certas substâncias, como agentes tensoativos, sólidos finamente divididos, etc.”.

As emulsões são formadas por duas fases distintas e imiscíveis. Uma de caráter hidrofílico (polar ou semipolar) e outra lipofílico (apolar). A fase hidrofílica é composta basicamente de água e produtos nela dispersíveis e a fase lipofílica é composta por óleos vegetais, animais e minerais, gorduras, ceras e outras substâncias lipossolúveis.

As possibilidades de interações das duas fases imiscíveis irão traduzir no tipo de emulsão formada. Assim poderemos ter a fase hidrofílica dispersa na lipofílica ou vice-versa.

A fase hidrofílica normalmente é representada por A (água) ou W (Walter). ). A fase lipofílica por O (óleo ou oil), F (feet) ou L (lipídeos). Assim poderemos ter vários tipos de emulsão, desde emulsões simples até emulsões múltiplas.

Em 1949, Griffin (William Colvin Griffin) postulou que: "Os emulsificantes consistem de uma molécula combinando grupos hidrofílicos(Hydrophilic) e lipofílicos (Lipophilic) e o equilíbrio entre o tamanho e intensidade desses dois grupos opostos que chamamos de HLB (Hydrophilic-lipophilic balance). Para maior comodidade, atribuiu um valor numérico para o equilíbrio desses grupos de forma adimensional”. Para cada produto da fase oleosa existe um valor de HLB que atinge a máxima estabilidade da emulsão (HLB Requerido).

A mistura de tensoativo (surfactantes), ou a mistura dos componentes da fase oleosa são propriedades aditivas que dependem da fração de massa(f) de cada componente.

. No sistema, uma escala numérica adimensional de valores entre 1 e 20 é usada para descrever a natureza do agente tensoativo, sendo que os valores de HLB aumentam de acordo com a hidrofilia da molécula.

O equilíbrio hidrófilo-lipófilo de um tensoativo é uma propriedade importante no processo de emulsificação, posto que determina o tipo de emulsão que deseja a produzir. Agentes emulsivos (tensoativos) de HLB baixo tendem a formar emulsões água/óleo(O/A), ao passo que aqueles com HLB alto formam emulsões óleo/água(O/A). O Sistema HLB permite fazer uma previsão do comportamento, simplificando assim o trabalho de seleção do tensoativo. A mistura de tensoativos produz emulsões mais estáveis do ponto de vista termodinâmico do que a utilização de um único tensoativo.

Agora vamos ver como calcular o HLB Requerido – pelo componente oleoso – e o HLB da mistura de tensoativos.

As etapas envolvidas na escolha do sistema tensoativo “ideal”são:

a) Determinar o tipo de emulsão A/O ou O/A, pelos componentes da fase oleosa da emulsão.

b) Calcular a proporção de cada componente na fase oleosa;

c) Multiplicar o valor obtido pelo respectivo HLB Requerido – Tabelado;

d) Somar todos os valores e determinar qual é o HLB Requerido pela Emulsão

e) Escolher dentre os tensoativos disponíveis aqueles que mais se adequam ao valor do HLB requerido pela Emulsão. Quando se trabalha com dois tensoativos, obviamente um deverá apresentar valor superior e outro inferior ao valor do HLB Requerido pela emulsão. Normalmente se utiliza valores que estejam imediatamente superior e inferior ao determinado.





Cálculo do EHL Requerido pela
fase Oleosa da Emulsão (O/A)
Substância Qantidade HLB Requerido HLB Requerido
na Emulsão
g
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g
g
g
g
g
g
g
 
Resultados
Quantidade de fase Oleosa:
HLB da Emulsão:
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